quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A mulher secreta

     Opinião: Mais um thriller, mas romântico. Desta feita de uma autora desconhecida. Na verdade, trata-se de uma dupla, que, embora já tivesse escrito em conjunto livros de outros géneros, este é o seu primeiro thriller romântico.
     Confesso que, coisa não muito usual em mim, foi através da sinopse que nasceu o meu interesse pelo livro. Será que Helene é Helene? Será que é Louise a fazer de Helene? E se não é o que aconteceu a Louise? Foram estas as interrogações que me assaltaram ao ver a contracapa e ao iniciar a leitura do livro.
     E tudo foi respondido. A seu tempo. Com nuances que conseguem levar o leitor a imaginar uma história, quando na verdade nada é o que parece.
     As personagens estão bem construídas, sendo que a amnésia de Helene lhe levanta dúvidas sobre o seu passado e, ao leitor, questiona-o sobre o que julga saber. A figura masculina, Joachim, com quem Louise vive antes de saber que é Helene, é uma personagem forte, coerente com os seus sentimentos e fundamental para o desenvolvimento e esclarecimento da trama.
     Na verdade, o livro acaba por ser contado por um narrador que acompanha, alternadamente, as duas personagens nas suas tentativas de descobrir o passado da jovem mãe, o que a levou a abandonar os filhos e, fundamentalmente, o que a traumatizou ao ponto de não se conseguir lembrar  do que lhe aconteceu.
     Com uma escrita correta e simples de acompanhar, os autores vão acabando os capítulos com uma tensão tal que o leitor é incapaz de não continuar a leitura e, algumas vezes, dá vontade de saltar o capitulo da outra personagem, só para saber o que aconteceu a seguir. Não sendo um ritmo alucinante, como noutros livros do género, é suficientemente interessante para querermos continuar a leitura sem paragens.
    O final, que ultimamente tem sido o ponto fraco de alguns livros, embora previsível, é bastante interessante pois tem a ver com as reflexões das personagens sobre o futuro e aquilo que lhes poderá acontecer. Este no fundo é uma narrativa aberta, pois sabemos o que aconteceu no passado, mas ficamos com dúvidas sobre o casal que se junta novamente na sua ilha paradisíaca.
Thriller? Sim, sem dúvida. Thriller romântico? Aí fiquei na dúvida, embora toda a procura de Joachim seja motivada pelo amor que ele tem por aquela mulher, independentemente de como ela se chama, pela vontade de não a perder e fundamentalmente a necessidade que tem de saber que ela está bem, sem sofrimento, feliz. O amor impera, mas não é o fundamental do livro, na minha modesta opinião.
     Dupla a seguir, sem dúvida e uma belíssima aposta da Asa. 


    Sinopse: Louise tem tudo para ser feliz. Gere um café que adora numa ilha dinamarquesa, onde mora com o namorado, Joachim. E Louise é, de facto, feliz. Até ao dia em que um homem entra no café e vira a sua vida do avesso. Trata-se de Edmund, que jura que Louise se chama, na verdade, Helene, e é a sua mulher, desaparecida há três anos. E tem provas…
     Depressa se torna evidente que Louise não é quem julga ser. É, sim, Helene Söderberg, herdeira de uma vasta fortuna, proprietária de uma grande empresa, mãe de dois filhos pequenos e casada com um marido dedicado. Mas há perguntas que permanecem sem resposta. Porque é que ela não se lembra de nada? Quais são os seus planos para o futuro quando desconhece por completo o passado?
     Conseguirá recuperar o amor dos seus filhos? E os sonhos que partilhou com Joachim?
Obrigada a retomar a sua vida misteriosamente interrompida, Helene é posta à prova de uma maneira tão brutal quanto comovente. Mas no seu coração continua a existir um lugar especial para Louise, a mulher que, por momentos, viveu a vida dos seus sonhos.
      Um thriller romântico intenso e visceral sobre traição, ganância, laços de família… e um amor avassalador.
 




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