quarta-feira, 31 de outubro de 2018
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
O Rouxinol de Kristin Hannah
Opinião: Que livro! Como esteve
dois anos parado na minha estante e sem lhe pegar?
Primeiro
que tudo o meu muito obrigada às duas Bárbaras, a Bárbara Rodrigues e a Bárbara
Pereira por terem lido este livro comigo. Foi graças a elas que o fui buscar e
o li. Muito obrigada.
Porque,
na verdade, este é um livro extraordinário. O
Rouxinol de Kristin Hannah foi a minha estreia com a autora. O livro conta
a história de duas irmãs a Vianne e a Isabelle que vivem em França durante a
invasão alemã, na segunda guerra. Vianne, a mais velha, vê o marido partir para
a frente de batalha, ficando com a filha na casa de família. Isabelle foge do
colégio, e depois de uma passagem por Paris, por casa do pai, com quem não
tinha uma boa relação, acaba por ir viver com a irmã.
E
o quadro está lançado. Duas irmãs com uma juventude difícil, que se vêm a olhar
a guerra de maneiras diferentes. Na verdade, estas duas mulheres são duas
heroínas que não conseguem gerir os seus sentimentos da mesma forma, mas que
cada uma, por seu lado, acaba por resistir ao invasor à sua maneira. Numa época
em que sobreviver era a palavra de ordem, as jovens vivem conforme as suas
responsabilidades e as suas opções.
Estas
personagens estão de tal forma bem delineadas que, facilmente, o leitor se
esquece que se trata de uma obra de ficção e as considera suas amigas,
conhecidas, sofrendo com elas. A história é de tal forma credível que, não me
custa a acreditar, terá havido, durante a segunda guerra mundial, histórias
semelhantes. Um aspeto interessante deste livro é que só a meio é que
conseguimos compreender o título dando-lhe uma outra intensidade e pertinência,
embora, para mim, não seja o ideal.
Sendo
um livro que vai alternando entre as histórias das duas, e ainda com alguns
saltos, embora maioritariamente se passe no passado, a estrutura narrativa está
tão bem conseguida que não conseguimos abandonar o livro, pois quando queremos
acompanhar a história de uma irmã, salta para a outra, o que nos leva a querer
saber mais desta irmã, sem que não consigamos esquecer a outra.
Kristin
Hannah escreve de forma apaixonante sabendo prender o leitor capítulo após
capítulo. Um livro cinco estrelas onde a história, a construção narrativa e a
escrita fazem com que nos esqueçamos que se trata de um livro e muitas vezes soframos
e choremos com estas irmãs. Recomendo vivamente.
Sinopse: Na tranquila vila de Carriveau, Vianne despede-se do marido, Antoine, que parte para a frente da batalha. Ela não acredita que os nazis vão invadir a França… mas é isso mesmo que fazem, em batalhões de soldados em marcha, em caravanas de camiões e tanques, em aviões que enchem os céus e largam as suas bombas por cima dos inocentes. Quando um capitão alemão reclama a casa de Vianne, ela e a filha passam a ter de viver com o inimigo, sob risco de virem a perder tudo o que têm. Sem comida, dinheiro ou esperança, e à medida que a escalada de perigo as cerca cada vez mais, é obrigada a tomar decisões impossíveis, uma atrás da outra, de forma a manter a família viva. Isabelle, a irmã de Vianne, é uma rebelde de dezoito anos, que procura um objetivo de vida com toda a paixão e ousadia da juventude.
Enquanto milhares de parisienses marcham para os horrores desconhecidos da guerra, ela conhece Gäetan, um partisan convicto de que a França é capaz de derrotar os nazis a partir do interior. Isabelle apaixona-se como só acontece aos jovens… perdidamente. Mas quando ele a trai, ela junta-se à Resistência e nunca olha para trás, arriscando vezes sem conta a própria vida para salvar a dos outros. Com coragem, graça e uma grande humanidade, a autora best-seller Kristin Hannah capta na perfeição o panorama épico da Segunda Guerra Mundial e faz incidir o seu foco numa parte íntima da história que raramente é vista: a guerra das mulheres.
O Rouxinol narra a história de duas irmãs separadas pelos anos e pela experiência, pelos ideais, pela paixão e pelas circunstâncias, cada uma seguindo o seu próprio caminho arriscado em busca da sobrevivência, do amor e da liberdade numa França ocupada pelos alemães e arrasada pela guerra. Um romance muito belo e comovente que celebra a resistência do espírito humano e em particular no feminino. Um romance de uma vida, para todos.
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Pão de Açúcar de Afonso Reis Cabral e A mulher entre nós de Greer Hendricks e Sarah Pekkanen
Opinião: Pela
primeira vez desde que tenho o blog venho fazer a crítica a dois livros. Começo
já por dizer que não gostei de nenhum, embora por motivos diferentes.
Romance vertiginoso sobre um caso verídico que abalou o País, fascinante incursão nas vidas de uma vítima e dos seus agressores, Pão de Açúcar é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginárias meticulosamente desenhadas, que vem confirmar o talento e a maturidade literária de Afonso Reis Cabral.
Ao conhecer Richard - bem-sucedido, protector, o homem dos seus sonhos -, Nellie começa finalmente a sentir-se segura. Ele promete protegê-la de tudo para o resto da sua vida. Mas, de repente, começa a receber chamadas misteriosas. Algumas fotografias são mudadas de lugar no seu quarto. Alguém a persegue, alguém quer o seu mal. Mas quem?
O
primeiro é o novo livro de Afonso Reis Cabral, Pão de Açúcar. O livro conta a história de um transexual que foi
assassinado por um grupo de jovem, pré-adolescentes, no Porto. Este foi um caso
bastante mediático, na altura, e os factos ainda estavam presentes na minha
memória, pois considerei então, como agora, o caso bastante perturbador para uma
sociedade que se diz civilizada. Este é, pois, um livro de não ficção.
O que me incomodou no livro foi o caso de o autor não ter trazido nada de novo
para a história que tinha sido contada à época. Eu esperava que o Afonso Reis
Cabral nos trouxesse novos factos, ou perspetivas sobre o assunto, o que não me
pareceu. Para além disso observei que a sua escrita não fluía, tornando-se,
assim, a leitura um momento penoso, sem ritmo e muito pouco agradável.
Como
considero que escrever não ficção e escrever ficção são escritas distintas
espero, no próximo ano, dar uma oportunidade ao primeiro livro deste autor e
com o qual ele ganhou o prémio Leya: O
meu irmão.
O
segundo livro de que também não gostei foi o livro A mulher entre nós da dupla Greer Hendricks e Sarah Pekkanen. Esta
obra trata a temática de um divórcio onde apenas uma parte estava interessada,
neste caso o marido. A verdade, é que este acaba por acontecer e Vanessa abandona
o seu lar, ficando bastante afetada, sentindo-se abandonada. Tanto mais que o
ex-marido arranja logo uma namorada, com quem quer casar com a maior brevidade.
Estes
factos, associados à perca do emprego, fazem com que a jovem decida que este
segundo casamento não pode acontecer, começando uma perseguição aos diretamente
envolvidos e à ex-cunhada (se é que se perdem os vínculos com a família). Até
aqui tudo bem. Tema interessante, construção que faria prever um livro
interessante.
Mas
a verdade é que se tornou repetitivo e, consequentemente, repetitivo. As
considerações que a personagem faz, as desculpas que arranja para si e para os
outros, são tão semelhantes que tive a sensação de que estava a ler umas
páginas que já tinha lido, como se fosse o mesmo. E este foi o problema. A
escrita é agradável, o tema é simpático, mas, se calhar o facto de ser escrito
a quatro mãos fez com que se tornasse muito repetitivo.
Lamento
mas nenhum dos dois conseguiu despertar a minha empatia, e por isso, não posso
considera-los boas leituras.
Sinopse: Em Fevereiro de 2006, os Bombeiros Sapadores do Porto resgataram do poço de um prédio abandonado um corpo com marcas de agressões e nu da cintura para baixo. A vítima, que estava doente e se refugiara naquela cave, fora espancada ao longo de vários dias por um grupo de adolescentes, alguns dos quais tinham apenas doze anos.
Rafa encontrara o local numa das suas habituais investidas às «zonas sujas», e aquela espécie de barraca despertou-lhe imediatamente o interesse. Depois, dividido entre a atracção e a repulsa, perguntou-se se deveria guardar o segredo só para si ou partilhá-lo com os amigos. Mas que valor tem um tesouro que não pode ser mostrado?Romance vertiginoso sobre um caso verídico que abalou o País, fascinante incursão nas vidas de uma vítima e dos seus agressores, Pão de Açúcar é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginárias meticulosamente desenhadas, que vem confirmar o talento e a maturidade literária de Afonso Reis Cabral.
Sinopse: Aos 37 anos, a recém-divorciada Vanessa está no fundo do poço. Deprimida, a morar no apartamento da tia, sem filhos, sem dinheiro e sem amigos verdadeiros. Richard, o seu carismático e rico marido, era tudo para ela. Mas, ao descobrir que ele está prestes a voltar a casar, algo dentro de Vanessa se desfaz. A partir de agora, na sua vida, só existirá uma única obsessão: impedir esse casamento. Custe o que custar.
Nellie é como qualquer outra jovem bela e sonhadora que chega a Manhattan para começar a sua tão sonhada vida adulta. Mas a personalidade tranquila que ostenta é apenas uma fachada. Na sua cabeça perdura o segredo que a faz fugir da sua cidade natal e que a impede de caminhar sozinha para casa.Ao conhecer Richard - bem-sucedido, protector, o homem dos seus sonhos -, Nellie começa finalmente a sentir-se segura. Ele promete protegê-la de tudo para o resto da sua vida. Mas, de repente, começa a receber chamadas misteriosas. Algumas fotografias são mudadas de lugar no seu quarto. Alguém a persegue, alguém quer o seu mal. Mas quem?
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
O dia em que te perdi de Lesley Pearce
Opinião: Lesley
Pearse é uma das minhas autoras favoritas. Mesmo! E por isso sempre que sai um
livro dela fico com vontade de ler e de me deliciar com a escrita da autora.
Este, no entanto, não me deixou encantada.
À medida que os dias dão lugar a semanas, perante a ineficácia da polícia e a indiferença da avó, Maisy decide descobrir por si própria o que aconteceu à única pessoa que verdadeiramente ama. E vai começar por Grace Deville, a excêntrica amiga do irmão. Grace vive isolada na floresta... e tem segredos por revelar…
O Dia em Que Te Perdi explora ternamente temas delicados e atuais. Lesley Pearse, uma contadora de histórias nata, fala-nos de perda, de esperança, de força interior, e dos inquebráveis laços de família
O
livro conta a história de dois irmãos, gémeos, Maisy uma corajosa princesa, e
Duncan, um jovem cuja sensibilidade não se adequa à época. Ambos acabam por se
tornar muito amigos, pois sentem-se muitas vezes sozinhos e abandonados. A mãe
apresenta um problema de saúde grave, que provoca um internamento, tendo o pai
levado os dois irmãos para casa de uma avó que mais não é do que uma estranha.
O problema agrava-se quando Duncan desaparece.
O
argumento é dentro da linha desta autora, o que me levava a esperar um
desenvolvimento dramático e cheio de surpresas avassaladoras. Mas tal não
acontece. O livro acaba por ser uma narrativa que não me prendeu, que fez com
que passasse a obra à espera de algo que nunca veio.
Com
uma escrita bastante correta e sem dificuldades de leitura, um tempo
cronológico sem saltos, a história dos dois irmãos não deixa de ser
interessante, sem ser extraordinária. As personagens têm construções coerentes
e, de alguma forma, fortes, mas as situações em que se vêm envolvidas nunca as
levam a subir o tom trágico, nem criando uma dimensão mais épica.
Confesso
que tinha espectativas bastante altas e que não foram, de todo, cumpridas.
Tenho pena pois não deixo de gostar bastante da Lesley Pearse como autora, mas
este não é, definitivamente, um dos que mais me agradou. Obviamente, vou
continuar a ler esta autora, mas não deixa de haver um amargo de boca.
Sinopse: Na noite em que a mãe lhes foi arrancada, os gémeos Maisy e Duncan perceberam que só podiam contar um com o outro. Se até então a vida deles não fora fácil, a partir desse momento piora dramaticamente pois o pai decide enviá-los para casa da avó, a ríspida Violet.
Os gémeos sentem-se mais abandonados do que nunca. Mas a negligência da avó tem um lado positivo: Maisy e Duncan passam a desfrutar de uma liberdade inesperada e podem explorar o campo e fazer novas amizades sem terem de se justificar a ninguém. Até ao dia em que Duncan desaparece sem deixar rasto.À medida que os dias dão lugar a semanas, perante a ineficácia da polícia e a indiferença da avó, Maisy decide descobrir por si própria o que aconteceu à única pessoa que verdadeiramente ama. E vai começar por Grace Deville, a excêntrica amiga do irmão. Grace vive isolada na floresta... e tem segredos por revelar…
O Dia em Que Te Perdi explora ternamente temas delicados e atuais. Lesley Pearse, uma contadora de histórias nata, fala-nos de perda, de esperança, de força interior, e dos inquebráveis laços de família
sábado, 20 de outubro de 2018
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
quarta-feira, 17 de outubro de 2018
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
O Último Fôlego de Robert Bryndza
Opinião: O último fôlego é o quarto volume da série Erika
Foster escrito por Robert Bryndza. E mais uma vez temos um livro que, em
determinadas partes nos deixa sem fôlego, na verdadeira acessão da palavra.
Neste
volume vamos encontrar a detetiva Erika a ser uma das primeiras pessoas a
chegar ao cenário do crime, crime esse que ela gostaria de investigar, embora não
faça parte da equipa, pois trata-se do corpo torturado de uma jovem, bonita e
que tinha sido abandonada pelo seu agressor num contentor de lixo, o que faz
com que seja da responsabilidade dos homicídios.
Claro
que a nossa heroína consegue ir para a referida equipa e acaba mesmo, por
motivos surpreendentes, a chefiá-la. Aquilo que, aparentemente, poderia ser um assassinato
isolado é uma atitude e um comportamento regular, como concluem após o aparecimento
de um novo corpo com o mesmo tipo de agressões e, depois de verificados os
arquivos, juntam um caso anterior ao primeiro, mas em tudo idêntico.
Esta
ocorrência torna-se não só interessante devido à escrita de Robert Bryndza, que
como já disse, nas críticas aos seus livros anteriores, é
simples e bastante objetiva, o que faz com que a narrativa se realize, mesmo
quando os factos são realizados no passado, sem sobressaltos ou confusões, mas
também porque a forma como a equipa foi criada não deixa de ser bizarra.
A
contextualização da história está feita de forma a prender o leitor, dando
pistas, sem, no entanto, ser muito óbvio. A trama narrativa é conseguida sem
que o facto de o leitor saber quem é o assassino tire o interesse à leitura.
Pelo contrário, esta técnica narrativa, já usada pelo autor nos seus livros
anteriores, leva-nos, a que nós leitores, possamos tentar construir um
desenvolvimento, uma história dentro da história até a um desfecho imaginado
que, na maior parte das vezes, não corresponde à criação de Bryndza. Aquilo conhecimento,
que aparentemente nos tiraria o fator surpresa, acaba por o desencadear pois o
final não é nada do que poderias supor, imaginar ou esperar.
Outro
aspeto que eu gosto nestes livros é que as personagens que passam de um livro
para o outro, sejam a protagonista ou as personagens secundárias que giram à
sua volta, vão evoluindo, vão vivendo a sua vida e tendo bons ou maus momentos,
pensamentos ou vivências. Ver o evoluir das suas vidas acaba por desenvolver e
humanizar aqueles que perseguem e apanham os ‘monstros’.
Sinopse: Quando o corpo torturado de uma mulher, jovem e bonita, é encontrado num contentor do lixo, com os olhos inchados e as roupas ensopadas em sangue, a inspetora-chefe Erika Foster é dos primeiros detetives a chegar ao cenário do crime. O problema é que, desta vez, o caso não lhe pertence. Enquanto luta para integrar a equipa de investigação, Erika envolve-se no processo e rapidamente encontra semelhanças com o assassínio não resolvido de outra mulher, quatro meses antes. Largadas ambas num contentor do lixo em parques de estacionamento diferentes, têm ferimentos idênticos – uma incisão fatal na artéria femoral da coxa esquerda... E, entretanto, é localizada uma terceira vítima em circunstâncias idênticas.
Perseguindo as vítimas online, apresentando-se com identidades falsas, o assassino ataca mulheres jovens e bonitas de cabelo castanho comprido e desaparece misteriosamente, sem deixar qualquer pista. Como irá Erika apanhar um assassino que parece não existir?
Enquanto decorre a investigação, outra rapariga é raptada quando esperava por um encontro. Erika e a sua equipa têm de a localizar, para não depararem com mais uma vítima mortal, e enfrentar um indivíduo terrivelmente sádico e perigoso.
Alucinante, tenso e impossível de parar de o ler, "O Último Fôlego" mantém o leitor preso logo na primeira página, enquanto o livro se encaminha vertiginosamente para um final surpreendente.
domingo, 14 de outubro de 2018
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
A Sereia de Brighton de Dorothy Koomson
Opinião: Confesso
que só recentemente descobri Doroyhy Koomson. Como já afirmei noutra opinião
não é uma autora que leia com regularidade. Os seus livros são interessantes,
mas nem sempre me sinto preparada para eles. Houve alguns que me fizeram ficar
cética em relação a esta autora.
Quanto mais perto fica da verdade, maior é o perigo. Alguém parece estar a seguir cada passo de Nell, que já não sabe em quem confiar.
Da autora bestseller de a filha da minha melhor amiga, chega-nos uma intrigante história sobre irmãs, segredos e crime.
Este
A sereia de Brighton foi um livro de
uma leitura conjunta com a Maria João de A biblioteca da João, o que torna a
leitura um prazer. Mas foi mais do que isso.
Para
mim este não é um típico livro desta autora. Este é mais um thriller, um
policial, onde se tenta fazer justiça a quem teve uma morte prematura. Para
além disso passa-se em vários tempos, o que por si só também é algo que me
agrada.
A
história parte da descoberta de um cadáver por duas adolescentes, a Nell e a
Jude. Esta última, três semanas depois, acaba por desaparecer, o que não ajuda,
em nada, o estado de espírito da sua amiga.
25
anos depois vamos acompanhar a vida de Nell e da sua família, nomeadamente da
sua irmã mais nova, Macy, chegando à conclusão de que todos foram afetados
pelos acontecimentos do passado.
E
a partir daqui, nesta constante passagem de ia ao passado, vinda ao presente,
Dorothy Koomson leva-nos pelo pesadelo que pode ser a mente humana,
condicionada pelo que acha que viu, pelo que pressupõe e toma como realidade,
pela sociedade cujos preconceitos estão de tal forma enraizados que nada os
consegue demover ou alterar.
A
estrutura narrativa acaba por estar muito bem desenhada, sem nos perdermos nos
tempos, ou nas personagens que narram. As personagens estão construídas de uma
forma muito realista que nos leva a acreditar nos seus sentimentos, nas suas
ideias e nas suas atitudes.
O
final, que pode neste género destruir um livro, acaba por ser surpreendente,
pois nunca pensei que o culpado seria quem a autora escolheu. Por outro lado, o
desfecho de algumas das personagens e a explicação final das suas atitudes
também vem admirar o leitor, ou pelo menos, esta leitora.
Assim,
este é um livro que aconselho a quem gosta dos livros de Doroyhy Koomson e também
a quem não é fã. Acreditem este vale muito a pena ler.
Sinopse: As adolescentes Nell e Jude descobrem o corpo de uma jovem na praia e, quando ninguém o reclama, a vítima passa a ser conhecida como A Sereia de Brighton. Três semanas mais tarde, Jude desaparece e Nell, ainda chocada com os acontecimentos na praia, fica completamente desamparada.
Passados 25 anos, Nell vive atormentada pelo passado, abandonando o emprego para descobrir a verdadeira identidade da jovem assassinada – e o que aconteceu à amiga naquele verão inesquecível.Quanto mais perto fica da verdade, maior é o perigo. Alguém parece estar a seguir cada passo de Nell, que já não sabe em quem confiar.
Da autora bestseller de a filha da minha melhor amiga, chega-nos uma intrigante história sobre irmãs, segredos e crime.
terça-feira, 9 de outubro de 2018
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
domingo, 7 de outubro de 2018
#Projeto Karin Slaughter
Olá
O encontro de Book Tubers em Leiria deu já um fruto: o projeto que eu desafiei a Dora, do canal Books and Movies, a fazer: um ano, ou melhor sete meses, com a Karin Slaughter.
E ficou ali mesmo decidido que o projeto iria para a frente e que seria da nossa responsabilidade.
Os livros que seleccionamos são, e a ordem é arbitrária:
A boa filha;
Flores Cortadas;
Tríptico;
Fracturado;
Génesis;
Um muro de silêncio;
Sabes quem é;
´
Sendo que o primeiro é Flores Cortadas.
Assim sendo de 1 a 30 de novembro será este o livro que vamos ler.
No dia 15 de novembro eu e a Dora anunciaremos qual o livro de dezembro.
Quem quiser participar é através da #Projeto Karin Slaughter
A única coisa que têm de fazer é dizer que querem participar e nós no grupo do Facebook vamos marcando as páginas para ler e durante o mês conversamos.
Estamos pois à vossa espera!
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
The Kitchen Boy: Os últimos dias dos Romanov de Robert Alexander
Opinião: Que
romance! Começo por afirmar que este The Kitchen Boy, Os últimos dias dos
Romanov é um romance cinco estrelas.
De
facto, e apesar do livro ser de 2005, e estar na prateleira desde essa altura,
só agora me dispus a lê-lo. Quero agradecer às meninas que o leram comigo (e só
não as cito, individualmente, porque ainda foram algumas) e que ainda tornaram
esta leitura mais especial.
Mas
a verdade é que este romance é, por si só, um romance muito bom e interessante.
O
romance conta a história do ajudante de cozinha do czar Nicolau II e da sua
família quando estes se encontravam já presos pelos bolchevistas. Este rapaz,
que fazia parte de um grupo reduzido de acompanhantes da família real russa,
vai ser o único sobrevivente do grupo e vai ser a única testemunha da execução
daqueles que tinham sido os seus amigos até aquele momento.
Obviamente
que o livro vai fazer coincidir elementos históricos com criações provenientes
da imaginação de Robert Alexander, o autor do livro. Mas, mesmo assim, a
narrativa é coesa, as personagens são credíveis e em algumas situações
conseguimos perceber que o fundo de verdade existe e, está presente na
construção da trama narrativa da história. Os crescentes dos acontecimentos
manifestam-se no crescente das ações e o autor consegue que o leitor fique
preso ao desenvolvimento da obra, que termina com um final surpreendente.
Com
uma escrita correta, clara e completamente absorvente o livro torna-se uma
companhia que não conseguimos deixar de acompanhar e, efetivamente, transforma-se
numa história é inesquecível. Com um final inesperado, em que o passado e o
presente acabam por se cruzar projetando um futuro diferente e mais
democrático.
Este
é pois um romance histórico que aconselho sem margem para dúvidas.
Sinopse: A 16 de Julho de 1918, o curso da história da Rússia mudou para sempre. Nessa noite, o czar Nicolau II e a sua família foram brutalmente executados pelos bolcheviques. Houve apenas uma testemunha - o ajudante de cozinha. Ele é a única pessoa viva que realmente sabe o que se passou. Que segredos nos serão revelados sobre os últimos dias dos czares? É que, apesar de já ter passado quase um século, a prisão e execução do czar Nicolau e da sua família continuam envoltas em mistério e fascínio.
Numa prosa absorvente e elegante, combinando factos e ficção, Robert Alexander reconta a história através de Leonka, em tempos ajudante de cozinha dos Romanov, que afirma ser a "última testemunha viva" da brutal execução da família imperial.
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
O homem que não ligou de Rosie Walsh
Opinião: Este
foi um livro que me passou despercebido. Acho que a capa não está bem
conseguida, nem é apelativa. No entanto a Fernanda Carvalho do blog
As-leituras-da-Fernanda publicou uma critica bastante elogiosa ao livro, que me
motivou para a sua leitura. Obrigada Fernanda.
Este
é um livro fantástico. Começa por ser um perfeito romance, o encontro entre
duas pessoas que em menos de uma semana percebem que estão apaixonadas e que
não se trata de apenas uma atração, mas sim de amor verdadeiro.
No
entanto ao fim de uma semana o nosso jovem protagonista tem de se ausentar,
numas férias já anteriormente marcadas. Combinam estar permanentemente em
contacto, pois será para ambos bastante difícil tal separação. Sarah, a
personagem principal feminina estranha o silêncio do jovem e, tem a certeza que
aconteceu alguma coisa a Eddie pois, contrariamente ao concertado, ele não
liga. E assim começa um romance que vai de surpresa em surpresa até ao desfecho
final.
Para
além de nada ser o que parece, a escrita de Rosie Walsh promove uma
continuidade que, nos leva de forma natural ao passado das duas personagens sem
que nada seja estranho ou confuso. E as
reviravoltas são permanentes até ao capítulo final.
Todo
o passado das duas personagens é dissecado e o seu presente é-nos dado através
das suas vozes, na primeira pessoa. O interessante é que as descobertas que vão
sendo feitas por Sarah são feitas em simultâneo pelo leitor, mesmo quando já
temos as informações dadas por Eddie.
Não
querendo contar nada, mas ao mesmo tempo, querendo despertar a vossa
curiosidade por este livro, que na minha opinião passou, injustamente, bastante
desapercebido num verão cheio de bons livros, tenho que referir que embora
possa, em alguns momentos, parecer um thriller, o livro é fundamentalmente um
romance, onde o amor, seja de que tipo, é sempre valorizado e redentor.
A
escrita da autora e a forma como desenvolve a trama narrativa, aleada a uma
história frenética, sem ser confusa, faz com que fique a aguardar e a esperar
que haja mais lançamentos de obras de Rosie Walsh no nosso país.
Sinopse: Imagine que conhece um homem e se apaixona loucamente. E é recíproco. São almas gémeas. E um dia ele desaparece sem deixar rasto.É o que acontece a Sarah. O seu primeiro encontro com Eddie é acidental mas tão intenso que não voltam a separar-se durante sete dias. São dias mágicos em que partilham tudo e se dão a conhecer sem reservas. Sabem que o que sentem um pelo outro é profundo e verdadeiro. Até que ele parte numa viagem breve. Promete telefonar. Mas não telefona. Nunca mais.Passam-se semanas, meses… e a preocupação de Sarah intensifica-se. Não acredita nos amigos, que tentam convencê-la a esquecê-lo. Afinal, dizem, ela não é a primeira pessoa (nem a última) a ser ignorada por um amante. O melhor, garantem, é seguir em frente e não pensar mais no assunto. Mas ela não é capaz. Pois sabe – e sabe, com toda a certeza – que algo de terrível aconteceu.E um dia descobre que, afinal, tinha razão.
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