terça-feira, 17 de outubro de 2017

Whitney meu amor

     Opinião: Judith McNaught é uma daquelas autoras que mal sai um livro tenho de o ter na minha estante. Este também veio logo para a estante, mas por um motivo, ou por outro, acabei por não o ler. No entanto, assim que lhe peguei a leitura foi non stop.
     Mais ainda quando percebi que Whitney, meu amor tinha sido o seu primeiro livro. Este acaba por recuperar personagens de Um reino de sonho, que na verdade foi escrito posteriormente. Mas os dois livros podem ser lidos de forma autónoma e por isso não houve qualquer incompatibilidade.
     Whitney é uma jovem, órfã de mãe, que vai viver com os tios maternos para Paris a pedido do pai. Este pedido prende-se com as suas atitudes menos formais e muito pouco próprias para a época em que vive (1816). A moça é rebelde, pouco convencional acabando mesmo por manifestar atitudes escandalosas quando exterioriza sem vergonhas a sua paixão por um vizinho mais velho.
     A história continua com o crescimento de Whitney em Paris onde se transforma numa lindíssima jovem, rodeada de pretendentes e bem aceite na sociedade que frequenta. No entanto a evolução não altera alguns traços da personalidade da rapariga, o que apenas adensa a coerência da personagem.
     É em Paris que conhece Clayton, duque de Claymore que se apaixona por ela. E assim começa um romance que de monótono nada tem. As duas personagens são de tal forma fortes que o protagonismo do livro acaba por ser dividido entre os dois.
    Whitney e Clayton vão viver uma série de peripécias perfeitamente plausíveis, tendo que alterar, ou talvez não, a sua forma de pensar, os seus conflitos e as suas teimosias, por forma a criarem, se possível, uma história comum. As personagens que criam os ambientes envolventes têm também elas uma densidade psicológica que as enriquece, muitas vezes não são o que parecem, e, simultaneamente valorizam a caraterização espacial e temporal.
     Este é um romance de época onde nada está ao acaso, e mesmo as manifestações que saem dos cânones temporais são explicados e são-nos explicados os desvios, para que nada falhe na coerência da história.
     O final do livro é perfeitamente plausível, embora a resolução do conflito só se dê nos últimos capítulos, o que leva o leitor a manter a sua atenção e o seu interesse na narrativa. Sobre os duques de Claymore penso que ainda falta traduzir um livro, sobre o irmão de Clayton, o que espero a Asa faça brevemente. 

     Sinopse: Criada por um pai severo e frio, a encantadora e impetuosa Whitney não tem medo de dizer o que pensa. Por conta de seu comportamento inapropriado para uma moça da sociedade inglesa do século XIX, Whitney é forçada a mudar-se para a casa da tia em Paris, onde recebe aulas para se tornar uma mulher sofisticada. Quando retorna à Inglaterra, está mudada, mas ainda deseja conquistar o belo Paul, seu primeiro amor. Mas há alguém que parece disposto a destruir sua felicidade: trata-se de Clayton Westmoreland, um poderoso duque, que está decidido a se casar com Whitney a qualquer preço. Publicado em 1985, “Whitney, meu amor” é o primeiro romance de Judith McNaught, e foi responsável por consagrá-la como uma das escritoras mais populares dos Estados Unidos. 



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