Sinopse: Uma herança de amor de Cristina Campos foi uma agradável
surpresa. Esta escritora espanhola prova, mais uma vez, que as letras, em
castelhano, encontram-se bem e recomendam-se.
A
história acaba por ser contada com analepses e prolepses, ou seja, com recuos e
avanços, mais ou menos velados do que se passará, que é uma construção
literária que me agrada bastante.
As
personagens principais são duas irmãs, Anna e Marina, que têm estado separadas,
quer fisicamente, quer emocionalmente. As suas vidas levaram-nas para caminhos
destintos. Anna nunca saiu da sua ilha de nascimento, onde se encontra presa a
um casamento fictício, e a uma filha à qual ela não consegue chegar. Marina é
médica dos Médicos Sem Fronteiras e, como tal, viaja pelo mundo, tentando
ajudar quem dela mais precisa.
Uma
briga leva Marina a estar muitos anos sem voltar a Maiorca até que,
subitamente, as duas irmãs herdem um moinho e uma padeiria de alguém que para
elas lhes é completamente estranho. Ambas concordam, por motivos distintos que
o melhor será realizar uma venda rápida e lucrativa.
Mas,
para isso, Marina tem de regressar a ‘casa’. Só que, no momento do contrato a
jovem médica, resolve protelar a venda, e descobrir quem era aquela mulher tão
generosa, e que nada tinha a ver com a sua família.
E
o livro está delineado. O processo narrativo quase que acaba por ser como que
um diário, onde vamos acompanhando a vida destas mulheres, da aldeia onde
moram, das suas interações pessoais; um namorado também médico e apaixonado
pela sua profissão, para marina e um marido infiel e prepotente,para Anna, bem
como das ligações fraternais que se criam, ou talvez se reatam, pois nunca se
quebraram totalmente.
A
descrição e composição da sua escrita acaba por ser bastante cinematográfica, o
que facilita o acompanhamento das peripécias, sem ser, no entanto, óbvia. Para
além da história que é encantatória, aquilo que mais me seduziu no livro foi a
sua escrita, simples, clara, mas, ao mesmo tempo bastante elaborada, e
sedutora.
Não
sendo uma obra prima é uma obra que vale muito a pena ler, sendo que as
histórias destas mulheres poderia ser a de qualquer uma de nós, com mais ou
menos nuances. Quanto à Cristina Campos é, certamente, uma autora a seguir.
Sinopse: Anna e Marina não se veem há muitos, muitos anos. Inseparáveis durante a infância nas praias ensolaradas de Maiorca, afastaram se cada vez mais. Anna, a irmã mais velha, loira e delicada, permaneceu na ilha, presa num casamento infeliz; Marina, a maria rapaz da família, fez do mundo a sua casa e vive onde a leva o seu trabalho na Médicos sem Fronteiras.
Quando descobrem que herdaram um moinho com uma padaria, as duas irmãs mal podem esperar para se livrar dele e continuar com as suas vidas. Mas, no momento da assinatura do contrato de venda do imóvel, Marina volta atrás. As circunstâncias e motivações por detrás da doação são demasiado misteriosas para serem ignoradas: quem era María Dolores? Que tipo de ligação tinha com elas essa mulher?
Graças à padaria e às antigas receitas familiares, Marina, Anna e a sua filha Anita encontrarão força para perdoar os erros do passado e enfrentar o difícil futuro que as aguarda.
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