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segunda-feira, 18 de março de 2019
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Espelho Quebrado de Agatha Christie
Opinião: Voltar
a Agatha Christie é voltar à adolescência onde li tudo, ou quase tudo o que
havia para ler. Confesso que sou muito mais fã de Poirot do que Miss Marple,
mas este foi o livro que a autora lançou no ano em que nasci, como era pedido
numa das categorias do Book Bingo.
Assim
sendo, temos a nossa astuta velhota que não é capaz de ficar a fazer malha como
seria previsível para uma senhora da sua idade. Será, uma vez mais a sua argúcia
e a sua inteligência, aliada a uma enorme capacidade de observação, os
elementos que vão construir e desconstruir esta história de crime.
HeatherBadcock
fã de Marina Gregg morre na festa que esta última resolveu oferecer na sua
propriedade. Sendo Marina uma famosa atriz é natural que o caso chame a atenção
de todos e nomeadamente da população de St. Mary Mead, pacata aldeia para onde
se tinha mudado.
E
a história está construída. Mas a verdade é que aparentemente não haveria
ninguém que lucrasse ou tivesse razões para matar Heather. O que coloca a
questão se houve um erro e a vítima deveria ser outra pessoa. Nesse caso quem?
Miss
Marple vai de forma engenhosa resolver o enigma e Agatha Christie vai colocar o
leitor perante factos que o levarão para um determinado desfecho, e que, as
voltas e as reviravoltas, vão acabar por nos guiar para uma conclusão
completamente diferente, e, acabamos por achar, muito mais lógica.
Foi
bom voltar a um romance policial do século passado e ver a diferença de
construção da teia narrativa, bem como dos meios científicos que hoje são
utilizados pelos escritores deste género literário, sem que nos surpreendam,
enquanto que aqui ficamos por provas observadas e ligações inteligentes. A arte
do raciocínio e da inteligência que nos thrillers de hoje é complementada com a
ciência.
A autora tem uma escrita
clara e, também ela objetiva, o que torna sempre estes romances num prazer
acrescido. De qualquer forma continua a ser o ilustre francês a minha
personagem preferida desta escritora inglesa. Que me perdoem os admiradores de
Miss Marple.
Sinopse: St. Mary Mead encheu-se de glamour quando a estrela de cinema Marina Gregg escolheu viver na, até então, pacata aldeia. Mas quando uma fã local é envenenada, Marina dá por si a protagonizar um mistério da vida real - secundada por uma performance arrebatadora de Miss Marple, que suspeita que o cocktail letal estava destinado a outra pessoa. Mas quem? E, se estava de facto destinado a Marina, qual era o motivo?
O Espelho Quebrado (The Mirror Crack’d from Side to Side) foi originalmente publicado na Grã-Bretanha em 1962, ano em que seria igualmente publicado nos Estados Unidos sob o título The Mirror Crack’d. Foi adaptado ao cinema em 1980, com Angela Lansbury no papel de Miss Marple, contando ainda com as interpretações de Elizabeth Taylor e Kim Novak. 1992 seria o ano da sua adaptação à televisão, com Joan Hickson como Miss Marple.
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Dezanove minutos de Jodi Picoult
Opinião: Mais uma vez Jodi Picoult.
Continuando a participação no projeto Um
ano com a Jodi li neste mês de dezembro Dezanove
Minutos. E que livro!
Estes Dezanove minutos foram o tempo necessário para Peter Houghton,
aluno do liceu de Sterling, levar a cabo um ataque armado contra os seus
colegas e seus abusadores. Desde o jardim de infância até à semana anterior
Peter tinha sido vitima de bulling, físico e verbal, de uma forma constante.
Até a sua amiga de infância Josie Cormier conseguiu passar para o grupo dos
populares, namorando um dos elementos da equipa de futebol.
Este resumo levará qualquer
leitor que não conheça a Jodi a pensar que o livro é dramático, mas linear.
Dramático, com certeza. E
para quem é mãe ainda mais. Pensar que alguém pode, de um momento para o outro,
sem aviso prévio, pôr em causa a vida dos nossos filhos, é o maior pesadelo de
um progenitor. E neste livro a autora conta a frustração dos pais em geral e de
uma mãe em particular. E isso leva-nos a ter os nossos sentidos e sentimentos
sempre alerta. Por outro lado, temos a vivência dos pais de Peter, que não
sabem como reagir perante a atitude que o filho tomou. Na verdade, estas
pessoas são sempre filhas de alguém, que por motivos vários, não se apercebeu,
ou não se quis aperceber do caminho que estes jovens estão a traçar.
Linear, só se fosse de outro
autor. Jodi Picoult não nos deixa nunca ficar na nossa zona de conforto. As
suas personagens somos nós, gente normal, que acaba por ter de viver com os
seus defeitos, as suas incoerências e as suas frustrações. Na verdade, a
história vai mostrando as culpas, mais ou menos assumidas dos jovens, e as
descobertas dos falhanços dos adultos. Mas como fazer melhor? Como saber qual o
momento certo para avançar e qual o momento para dar privacidade? Como fazer
para ser uma boa mãe, ou pai, e, ao mesmo tempo ser um bom profissional? Tudo
isto é questionado no livro de uma forma séria e emotiva, sem ser
melodramática, no pior sentido.
Pensei que ao não colocar em
discurso direto, por capítulos, as personagens, como é seu hábito, o livro se
tornaria menos interessante. Equivoco meu. A autora continua a mostrar-nos os
diversos pontos de vista e a dar-nos elementos que nos fazem refletir, mesmo
depois de acabada a leitura. Para além disso a obra varia entre o presente e o
passado, o que nos faz descobrir todos os factos sobre um acontecimento, ao
mesmo tempo que as personagens efabulam sobre ele.
Sinopse: Mais uma vez, Picoult aborda um assunto delicado na sociedade contemporânea, um tiroteio no liceu, levantando perguntas como: o seu filho pode tornar-se num mistério para si? O que significa ser diferente na nossa sociedade? É justificável para uma vítima ripostar? E quem – se é que alguém – tem o direito de julgar outra pessoa? Em Sterling, New Hampshire, Peter Houghton, um estudante de liceu com dezassete anos, suportou anos de abuso verbal e físico por parte dos colegas. O seu amigo, Josie Cormier, sucumbiu à pressão dos colegas e agora dá-se com os grupos mais populares que muitas vezes instigam o assédio. Um incidente de perseguição é a gota de água para Peter, que o leva a cometer um acto de violência que mudará para sempre a vida dos residentes de Sterling.
Sinopse: Mais uma vez, Picoult aborda um assunto delicado na sociedade contemporânea, um tiroteio no liceu, levantando perguntas como: o seu filho pode tornar-se num mistério para si? O que significa ser diferente na nossa sociedade? É justificável para uma vítima ripostar? E quem – se é que alguém – tem o direito de julgar outra pessoa? Em Sterling, New Hampshire, Peter Houghton, um estudante de liceu com dezassete anos, suportou anos de abuso verbal e físico por parte dos colegas. O seu amigo, Josie Cormier, sucumbiu à pressão dos colegas e agora dá-se com os grupos mais populares que muitas vezes instigam o assédio. Um incidente de perseguição é a gota de água para Peter, que o leva a cometer um acto de violência que mudará para sempre a vida dos residentes de Sterling.
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