Neste
caso a dúvida surge dentro do próprio livro. Será que aconteceu, ou não? Será
que Alex foi atacada? Será que alguém a anda a perseguir?
Mas
vamos ao princípio. O livro começa com um ataque a Alex, jovem promissora
médica, que não comparece ao encontro com o namorado, alegando que foi
agredida, levada para uma sala de operações onde lhe fizeram… Ela não sabe,
pois foi posta a dormir. Mas os seus colegas, depois de um exame pormenorizado,
acabam por concluir que ela não tem nenhum problema a nível do seu corpo, não
tendo indícios de qualquer tipo de agressão, o que leva a supor que ela bateu
com a cabeça numa árvore (perto da qual foi encontrada) e tudo o resto é
resultado da sua imaginação, tratando-se, pois, de um distúrbio mental.
E
este parecer médico, genericamente aceite por todos, menos pela própria Alex, é
a base de todo o livro. Ao leitor resta-lhe ficar neste sim, não, certeza,
talvez, definitivamente não, indecisão que não se conseguir definir até ao
momento em que o autor decide abrir o jogo, tirando-nos todas as incertezas e
apresentando-nos os factos e as suas comprovações.
Para
mim este thriller despertou-me a atenção pois a sua construção acaba por ser um
jogo de cabra-cega com o leitor. A história está bastante bem pensada e as
sequências dos acontecimentos são plausíveis, ao mesmo tempo que intrigantes.
As coisas acontecem e disso toda a gente (personagens e leitor) tem a certeza.
A indefinição projeta-se no quem, no culpado, na identidade do agressor, ou se tudo
não passa de um distúrbio mental da personagem principal.
Por
tudo isto esta é uma obra que recomendo para todos aqueles que gostam de
suspense e de uma boa história, contada de uma forma original.
Resta
apenas esperar por outros livros da autora, assim a Asa o permita.
Sinopse: Alex Taylor acorda sobressaltada. Está imobilizada e presa à mesa de um bloco operatório. Não faz ideia do que lhe aconteceu. Não imagina o que a espera.
De repente, apercebe-se de que não está sozinha. Na sala, encontra-se também um homem. Mas não se trata de um médico. É, sim, alguém que não só não a liberta como a obriga a fazer uma escolha inimaginável. Quando Alex recupera os sentidos, tudo não parece passar de um pesadelo medonho. Um pesadelo que está longe de acabar pois não há quaisquer indícios do que aconteceu, e ninguém acredita nela. Mas Alex é incapaz de esquecer. Ostracizada pelos colegas, pela família e pelo namorado, Alex pergunta-se se não estará a ficar doida.
…até que aparece uma segunda vítima…
Não Adormeças é um thriller tão arrepiante que não o vai conseguir pousar. Tão aterrador que não vai falar noutra coisa.
Uma sinopse e opinião convincentes,quero ler!
ResponderEliminarNão conhecia este livro, nem a autora. Vai já para a lista.
ResponderEliminarUm beijinho