Opinião: O livro dois da trilogia dos
primos O’Dwyer de Nora Roberts é quase tão viciante quanto o primeiro. Neste a
personagem que Cabhan persegue é Meara.
Meara não faz parte do trio
de bruxos que o pretendem matar. Nem sequer tem quaisquer poderes mágicos. O
seu crime é ser a melhor amiga de Branna e começa a amar Connor. Ou seja, se
ele conseguir, de alguma forma, fazer-lhe mal, ou mesmo conseguir que ela passe
para o seu lado, a dor, o sofrimento, a desilusão seria bastante grande e
acabaria por enfraquecer o conjunto de opositores.
Assim, a obra continua numa
tentativa de acabar com o mal, valorizando o bem, podendo, assim, os jovens
ansiar por uma vida tranquila e feliz junto daqueles que são a sua família
alargada.
Neste livro está patente em
todas as situações a questão da família e do sangue. É importante para as seis
personagens consciencializar que acabem por formar um núcleo, uns com poderes e
sendo herdeiros dos antepassados de Sorcha, outros família por amor e escolha,
o que faz com que a luz se torne mais intensa e que o bem possa, finalmente,
ser escrito nos elementos.
Mais uma vez é um livro de
sombra e luz, onde a alegria, a felicidade e o brilho acabam por ser formas de
poder contra as trevas. É bastante interessante a forma como Nora Roberts usa
as tradições da Irlanda, os seus cantares e mesmo a valorização da utilização
do gaélico, como elemento condutor do bem e da vitória das forças da claridade.
Falta agora o terceiro livro
e o passo derradeiro que, obviamente, vai ter de ser dado por Branna e Fin, o
bruxo que tendo sangue de Cabhan não abandona os seus amigos e,
fundamentalmente, a mulher que ama, lutando ao lado da justiça, da beleza e do
bem. Serão eles, e talvez, o assumir desse amor, que poderão vingar Sorcha.
Se bem conheço a autora e,
tendo em conta a forma como este segundo livro termina, teremos um violento
desfecho, onde certamente as forças da luz triunfarão. O que resta saber é qual
o preço que terão de pagar pela vitória.
De qualquer forma, e para
quem quiser começar a ler livros desta autora, do género fantasia, como este,
continuo a aconselhar a Ilha das Três
irmãs. No entanto este também não é para recusar.
Sinopse: Três primos herdaram um dom que irá transformar as suas vidas…
As lendas e a sabedoria da Irlanda correm no sangue de Connor O’Dwyer e ele sente-se orgulhoso por chamar lar a County Mayo.
É aqui que a sua irmã Branna vive e onde os seus amigos de infância formam um círculo que não pode ser quebrado.
Meara é a melhor amiga de Branna, uma irmã em tudo exceto no sangue. Acredita que o amor é para os outros e certamente não irá cair de amores por Connor — lindo de morrer, com um bom coração e um sorriso perverso.
É mais seguro para eles permanecerem amigos pois amar Connor seria entrar em território perigoso.
Mas quando o mal que atravessa gerações reaparece para o assombrar, Connor terá de recorrer à família e aos amigos para o apoiar numa luta contra algo que ameaça tudo o que ama…
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