Este
Filhos da quimio foi um deles. Sendo
um livro pequeno, 76 páginas, acaba por ser um livro enorme, cheio de lições de
vida, mesmo quando esta já terminou.
Nestas
páginas está patente a vontade de viver e dar vida por parte destas mulheres,
destas guerreiras aos seus filhos por nascer.
Não
vou contar o livro apenas digo que se tratando de histórias reais, estas o
tornam muito mais interessante e muito mais do que um livro.
Se
as protagonistas são as figuras principais destas narrativas, de referir que
numa situação deste tipo, toda a família, e principalmente o marido, sofre com
a doença.
Não
imagino o que seja ter de pensar em optar entre nós e um filho por nascer, mas
sei o que todas elas e o seu núcleo duro sofreu e como se uniu para poder
sobreviver, e para recomeçar a viver o mais normalmente possível.
De
realçar duas frases. “Nunca sabes o quão forte és até que ser forte é a única
escolha que tens” diz Bob Marley. E como ele tem razão. O ser humano, e nós,
fazemos o que tem de ser feito para continuarmos a viver e para continuarmos a
manter a cabeça levantada. Claro que o cônjuge, os filhos, a família próxima e
os amigos ajudam neste processo. Mas os momentos a sós connosco, as noites
longas das insónias, os pensamentos mais íntimos têm de ser superados de uma
forma solitária.
E
depois há a ideia, brilhantemente expressa pela Michelle quando diz que depois
da doença “Neste tempo todo vamos criando alguma confiança, mas é uma confiança
desconfiada, sei o que o meu organismo é capaz de produzir contra mim. “. Que
verdade!
Continuo
a dizer que não imagino o sofrimento destas mulheres, mas tive um deslumbre do
que é ter uma doença destas e quero agradecer pela partilha. Falar da doença só
pode ajudar a acabar com os mitos, com os preconceitos e, principalmente, com a
solidão de quem fala do que sentiu na pele.
Desculpem,
não é, de todo, a melhor critica que já escrevi, mas acreditem que é a que mais
vem do coração.
Sinopse: Nenhuma mulher está preparada para ouvir que tem cancro. Muito menos quando está grávida, naquele que devia ser o período mais bonito da sua vida. Dá para imaginar a montanha-russa de emoções? Este livro conta as histórias intensas, tocantes e, por vezes, trágicas de mulheres que tiveram de enfrentar o inimaginável.
Um livro inspirador que conforta e nos dá alento, esperança e fé. É muito duro conviver com o cancro, principalmente se alguém que amamos padece desta doença - como é o meu caso. Descobri que ajuda a minha mãe se ela fizer partilha com outros doentes. E este livro é isso: uma partilha de mulheres que sobreviveram ou que, mesmo não tendo sobrevivido, lutaram com todas as forças para que os filhos nascessem. Um livro imperdível e uma lição de vida.
ResponderEliminarNem mais, Vera Baetas. Quem passa por um problema destes ( e eu acabei os tratamentos faz este mês um ano)precisa de perceber que a sua história e a sua vivência têm de ser partilhadas. Realmente este pequeno livro é uma grande história(s) de vida.
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