Nesta narrativa vamos ter a
história de Sheridan, a sonhadora dama de companhia que após atravessar o
Atlântico sofre um acidente ficando sem memória. É por este motivo que acredita
ser Miss Lancaster. No entanto esta última era a jovem que Sherry deveria acompanhar
e que, durante uma paragem abandonou o barco com um jovem que conheceu a bordo.
Sem ter conhecimento desta fuga,
à espera de Miss Lancaster está Stephen Westmoreland pois o noivo com o qual se
deveria encontrar, tinha tido um acidente mortal.
São todos estes mal-entendidos
que vão servir de pressuposto para a construção de uma história que nos embala
e encanta ao longo da narrativa.
Um dos aspetos que me agradou foi
o facto de McNaught ir buscar personagens que já conhecíamos de Whitney, meu amor, visto que o marido da
protagonista é irmão de Stephen, e as duas raparigas acabam por se dar muito
bem pois têm bastantes comportamentos e atitudes em comum.
Este livro fez com que ficasse
presa à sua leitura pois tem vários elementos bastante sugestivos. Se por um
lado a jovem perceptora é uma mulher muito à frente do seu tempo, por outro o
jovem conde é um homem que fora de portas acaba por ser bastante conservador,
seguindo as regras impostas pela sociedade inglesa, tentando mesmo não ter de
conviver com as elites. De facto, o comportamento das suas personagens acaba
por ser de oposição visto que as educações são bastante diferentes e estas diferenças
acentuam-se e podem mesmo complicar a interação entre os dois. Deixa também
antever uma imagem das jovens donzelas, percebendo nós que algumas acompanhavam
o que era suposto fazerem, mas outras já tinham sonhos de independência e
emancipação.
Por outro lado, o livro trata de
uma forma exemplar as tentativas de suborno e de ascensão social que algumas
pessoas praticavam de uma forma muito pouco discreta. O valor que se dava naquela altera à posição
social era impeditiva de se ter princípios morais elevados. Valia tudo para se
poder aceder a um chá ou a um convite para um baile.
Assim sendo, recomendo vivamente
mais este livro desta autora americana.
Sinopse: A sonhadora Sheridan Bromleigh, professora numa escola de elite americana, é contratada para acompanhar a jovem Miss Charise Lancaster até Inglaterra, onde esta se irá encontrar com o noivo, Lord Burleton. Mas a mimada Charise tem outros planos, e acaba por fugir com um rapaz que conhece no navio, deixando para Sheridan o embaraço de dar a notícia. À sua espera nas docas está Stephen Westmoreland, que tem também algo para partilhar: Lord Burleton sofreu um terrível acidente. Stephen assume que a mulher que desce da embarcação é Charise Lancaster e está prestes a revelar a tragédia quando ela é atingida na cabeça… e perde os sentidos. Três dias depois, Sheridan acorda sem qualquer memória de quem é ou de onde vem. A única pista do seu passado está no nome pelo qual todos a tratam: Miss Lancaster. Tem o belíssimo Stephen para cuidar dela e um futuro risonho pela frente. O conhecimento do passado não parece ser assim tão importante... Mas com tantos mal-entendidos à mistura, poderá esta história acabar bem? Dos confins da América à Londres elegante da década de 1820, esta é uma aventura romântica de Judith McNaught que não vai querer perder…
Encontrei uma incoerência na parte final do livro, no início da noite de núpcias. Será que me baralhei?
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