A
história está centrada em Shay um jovem condenado à morte pelo assassinato de
Elizabeth, uma criança, e do seu padrasto um polícia bastante conceituado na
cidade onde vivem. Onze anos depois Shay quer doar o seu coração à jovem
Claire, meia irmã de Elizabeth, que sofre de uma insuficiência cardíaca muito
acentuada.
O
problema coloca-se na forma de o executar (a injeção letal a que estava
condenado não é viável) e à forma como June, a mãe viúva das duas jovens,
poderá sentir-se ao decidir que a filha irá receber tal órgão.
Como
sempre a autora coloca-nos a ouvir várias vozes, várias opiniões e vários
pontos de vista. O interessante é que nunca ouvimos o próprio Shav. Ou seja, a
história deste homem é contada através daquilo que ele diz a um dos seus
colegas de cela, ao seu conselheiro espiritual e à sua advogada. Todo o
desenvolvimento da narrativa acaba por se enquadrar naquilo que estas
personagens e June nos dizem sobre os factos e os acontecimentos.
O
enquadramento jurídico sobre a pena de morte, as informações sobre as diferentes
religiões (embora por vezes se apresentem demasiado extensas) e a forma de as
enquadrar no sistema jurídico e a organização da prisão, dão-nos a visão de um
país que se esperaria mais moderno e mais democrático no início do século.
Não
foi, de todo, um dos livros que mais gostei da autora. Entusiasmou-me no
início, mas, posteriormente, acabei por o achar arrastado e sem
desenvolvimento. No último terço voltou a entusiasmar-me e o final foi, efetivamente,
surpreendente.
Assim
sendo, para quem é fã de Jodi poderá lê-lo, para quem nunca leu ou não é grande
fã acho que não será, de todo, o melhor livro para começar a conhecer esta
autora.
Quanto
a mim já tenho em plena leitura aquele que será o último livro desta autora que
lerei , dentro do projeto Um ano com Jodi.
Sinopse: Shay foi condenado à morte por matar a pequena Elizabeth Nealon e o padrasto. Onze anos mais tarde, a irmã de Elizabeth, Claire, precisa de um transplante de coração e Shay, que vai ser executado, oferece-se como dador. Este último desejo do condenado complica o plano de execução, pois uma injecção letal inutilizaria o órgão. Entretanto, a mãe da criança moribunda debate-se com a questão de pôr de parte o ódio para aceitar o coração do homem que matou a sua filha. Picoult hipnotiza o leitor com uma história de redenção, justiça, e amor.
Com uma sensibilidade literária invulgar, Jodi Picoult conduz uma vez mais o leitor a uma encruzilhada moral. Como é que uma mãe concilia a trágica perda de um filho com a oportunidade de salvar a alma de um homem que odeia?
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