A
Feira do Livro de Lisboa é sempre um tempo bastante agradável do ano. É um tempo
de encontros, reencontros e comunhões que vão para além dos livros.
Este
ano, e este fim de semana não foi exceção. No sábado de manhã houve um encontro
com Megan Maxwell, uma autora de quem gosto muito, dentro do erótico, de
nacionalidade espanhola. Megan é a imagem da ideia que nós tempos das mulheres
do país vizinho. Alegre, divertida, provocadora, sem papas na língua e sem
conseguir entender (quase) uma palavra do que se diz em português. No entanto,
nunca vacilou, sendo sempre uma ‘guerreira’ junto das suas ‘guerreiras’ como se
autora e leitoras criassem um clã (perdoem-me, mas havia muitos poucos homens
presentes no encontro). Depois foi de uma generosidade profunda, assinando
todos os livros que lhe pediram, e acreditam houve quem levasse muitos, sempre
com uma alegria contagiante. Por fim, obrigada à editora que sorteou uns
livros, possibilitando que o prazer se prolongasse para além da sessão.
Mas,
à tarde, houve mais. Houve Sarah Baelder e os seus livros policiais. A autora
dinamarquesa, sem ser tão efusiva, foi também ela uma simpatia. Elogiando o
local onde a Feira do Livro é realizada no nosso país (para nós já está
esquecido esse aspeto, por isso é sempre bom que nos recordem), contou a sua
história, como se tornou autora, depois de ter sido jornalistas e sendo a dona
da primeira editora especializada em livros policiais. Foi muito interessante
perceber o percurso de criação criativa, a recolha dos elementos e depois a
própria escrita. E mais uma vez ficou patente que escrever é um trabalho, claro
que dá prazer (mas não deveriam todos os empregos ter a componente do prazer
associada?), mas requer investigação consulta, estudo, informação, antes de se
conseguir passar para o papel aquilo que se queria.
E
por fim os encontros com pessoas que já conhecia, que apenas conhecia
virtualmente, ou mesmo que não conhecia, mas que tornaram o meu sábado mais
rico e certamente o convívio me tornará numa melhor pessoa. A riqueza da
descoberta de outras obras, ouros gostos, outros mundos, apenas nos pode tornar
melhor. Foi um prazer (re)ver caras que, mesmo que não tenham consciência disso,
fazem parte do meu dia a dia. Bem hajam pela forma simpática e afável como me
acolheram.
O
domingo? Parte dois. Fiquem atentos. Esse foi dedicado só aos autores
portugueses.
Lindo! Sobre a autora Sarah Baelder,tenho que me estrear nas leituras :)
ResponderEliminarQuanto a si Maria João Covas,foi muito gratificante, gostei imenso de a conhecer.Beijinho.