Opinião: Mais
um livro de Robert Bryndza. E mais um bom thriller. No entanto gostei mais do
segundo do que deste terceiro. Atenção, a culpa pode ter sido minha, porque ler
três livros do mesmo autor de seguida, não é algo que se deva fazer, pelo menos
para mim. A escrita acaba por ser muito igual e a história anterior ainda está
muito viva nas nossas cabeças.
Este
Águas Profundas remete para um corpo
que depois de ter estado muitos anos submerso em águas de uma pedreira acaba
por ser resgatado durante a investigação de um outro caso. Sendo a
inspetora-chefe Erika Foster responsável por esse caso é ela quem se vai
responsabilizar pela identificação e resolução do caso respeitante ao cadáver
descoberto.
Mas,
o caso acaba por se mostrar difícil pois trata-se de uma menina que tendo
desaparecido há vinte e sete anos, como provinha de uma família socialmente
importante, não deixou de ser um caso mediático, que ainda hoje é falado.
Para
além do desenvolvimento do caso tomamos conhecimento de algumas decisões que
Erika tomou no que respeita à sua carreira o que provocou alterações no que à
mesma diz respeito. Neste livro continuamos, pois, a acompanhar a evolução da
personagem principal como pessoa o que dá ao livro um carácter humanista e
aproxima o leitor da protagonista. Essa para mim é a imensa, e preciosa, inovação
desta série. Enquanto que noutras o detetive, inspetor, polícia, a personagem
principal estagna, neste conjunto de livros Robert Bryndza vai-nos apresentando
uma mulher que para além da sua competência profissional é uma mulher com
qualidades e defeitos, e que luta para lidar e afastar os seus fantasmas e
simultaneamente continuar a viver.
Assim
sendo, esta continua a ser uma boa aposta para quem gosta de ler este tipo de
livros. E claro que continuarei a acompanhar as histórias de Erika.
Sinopse: Debaixo de água, o corpo afundou-se rapidamente. Ali permaneceu, imóvel e imperturbável durante muitos anos, mas, lá em cima, fora de água, o pesadelo estava apenas a começar.
Quando a detetive Erika Foster recebe uma denúncia anónima informando que uma prova fundamental relacionada com um caso de narcóticos estava escondida numa pedreira abandonada nos arredores de Londres, ela manda investigar a pista. No espesso lodo das águas encontram as drogas que procuravam, mas também os restos mortais de uma criança pequena. O esqueleto é rapidamente identificado como Jessica Collins, a menina de sete anos que fizera as manchetes das notícias vinte e seis anos antes.
Ao mesmo tempo que tenta juntar provas novas à investigação, Erika depara-se com uma família que guarda muitos segredos, uma detetive atormentada pelo fracasso e a morte misteriosa de um homem que vivia junto à pedreira.
Será o assassino alguém dos elementos mais próximos da menina? Há quem não deseje ver o caso resolvido. E tudo fará para impedir Erika de descobrir a verdade.
Sem comentários:
Enviar um comentário