segunda-feira, 6 de agosto de 2018

A Dama e o Vagabundo de Cheryl Holt

        Opinião: Cheryl Holt é uma escritora que chegou cá a casa por via dos romances eróticos. Assim sendo estava à espera que este livro fosse também ele uma obra com grande carga erótica. Mas a verdade é que não o é. Trata-se muito mais de um romance, com alguns momentos bem divertido, onde o erotismo é pouco, leve e secundário. A história acaba por ser muito interessante e não faz falta, à mesma, mais cenas eróticas.
      Michael é um jovem dono de vários estabelecimentos entre os quais uma casa de jogo, de onde consegue dominar todo o bairro onde o seu antro se situa. É um órfão que não tem recordações precisas das suas origens, embora por vezes lhe venham à memória imagens que não entende e não consegue perceber se se trata de recordações ou se são fruto da sua imaginação. No entanto essas mesmas imagens não o preocupam, e ele, embora se sinta inquieto e curioso, não perde tempo a pensar nelas.
       Por sua vez, Magdalena é uma jovem donzela, de boas famílias, que tendo sido traída pelo seu noivo, acaba a dirigir uma missão para os mais desfavorecidos, na mesma rua onde Michael mora e trabalha. E o encontro, inevitável, dos dois acaba por se dar, sem que nenhum consiga explicar ou fugir da atração que sentem um pelo outro.
       O destino vai acabar por dar uma ajuda levando a que sejam ‘obrigados’ a conviver a se relacionarem. Este é um livro em que o erotismo está, nitidamente, em segundo plano, estando o romance e as situações divertidas como elementos centrais para a construção do mesmo. Com uma escrita clara e correta Cheryl Holt cria uma narrativa que nos envolve e leva de situação em situação, sejam elas, divertidas, amorosas ou dramáticas, sem que o leitor consiga largar o livro e tenha conhecimento do desfecho destas personagens.
      Este é, pois, um romance ótimo para se ler neste verão e que não pode sequer ser criticado por excessos descritivos, levando assim a uma leitura prazerosa para qualquer tipo de leitor. De referir ainda que este livro é o primeiro volume da série Homens Perdidos, pelo que ficaremos à espera da publicação dos quatro volumes  seguintes.



        Sinopse:Órfão desde cedo, MICHAEL SCOTT viu-se obrigado a enfrentar a dureza e a solidão das ruas de Londres. Não tem memórias do passado mas é atormentado por terríveis pesadelos. É um solitário mas sente que há algo vital e precioso em falta na sua vida. O seu espírito indomável, porém, fez dele um vencedor. Tornou-se um homem rico, poderoso… e perigoso. Mas como pôde uma criança tão desprotegida singrar tão espetacularmente? Conseguirá um dia descobrir a verdade sobre si próprio?
    MAGDALENA WELLS dirige uma obra de caridade nos bairros mais degradados da cidade. Conhece bem a reputação de Michael, mas nem por isso deixa de sucumbir a uma espécie de feitiço quando finalmente se encontra frente a frente com ele. Michael é a pessoa mais extraordinária que ela alguma vez conheceu. Como pode um rufia ser tão distinto e bem-sucedido? Qual é a sua verdadeira história? Conseguirá Magdalena ajudá-lo a desvendar os segredos que ele tanto procura descobrir?
         E assim começa uma nova série da nossa favorita CHERYL HOLT. A Dama e o Vagabundo é o primeiro volume da saga Homens Perdidos, onde a autora tece habilmente uma história sobre a importância da família, do amor e da lealdade.





      Nota: Neste mês de agosto, mês de férias, vou tentar publicar três vezes por semana (segunda, quarta e sexta), para que assim possam acompanhar as minhas leituras. Fiquem por aí, que eu vou tentar manter este ritmo.

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