Opinião: (Ele era) O amor da
minha vida (até eu o destruir)
foi um livro que me chamou a atenção pelo título e o jogo que é feito com as
expressões que o completam. Esta foi uma leitura conjunta, algo de que estou a
ficar fã, com a Maria João Diogo e a Vera Brandão.
E
o livro é muito bom. Sendo um romance de estreia (espero que a autora continue
a escrever) não sabia nada sobre esta obra. Tirando a ‘ironia’ do título, não
tinha lido nada, nem sequer a sinopse presente na badana.
O
livro conta a história de Catherine que é casada com Sam de quem tem dois
filhos. E quando o romance começa a jovem está internada pois sofre de mutismo,
ou seja, não consegue falar. Não sabemos porquê, nem qual o acontecimento que o
provocou, apenas acompanhamos os pensamentos de Catherine durante as visitas
que tem ou durante as suas sessões de terapia.
Como
o livro se passa em três tempos (Agora, Quinze anos antes e Quatro meses antes)
ficamos a saber que o grande amor desta jovem não é o seu marido, mas sim
Lucian, a sua paixão de juventude, e o qual ela, inexplicavelmente, abandonou
uma noite, sem qualquer justificação, após terem vivido o seu amor durante
meses. Sabemos ainda que quatro meses antes os dois se tinham reencontrado, e,
este tempo, é-nos contado pelas duas personagens, ou seja, nós sabemos o que
ambos pensam e como vivem os acontecimentos.
É sabido que livros com tempo diferentes, na generalidade, me agradam bastante e
este está muito bem construído, pois podemos desvendar o que despoletou
determinada atitude num determinado tempo, sem com isso nos solucionar o
‘Agora’ e nos justifique o estado em que Catherine se encontra.
A
partir do momento em que sabemos o que aconteceu há quinze anos e levou a jovem
a abandonar o amor da sua vida, a narrativa começa num crescente que se
consegue sentir na própria escrita da autora. A narração da história está muito
bem feita, sendo que a descrição das personagens e dos meios onde se movimentam
acabam por construir todo um cenário intrigante e interessante.
O
final, e ultimamente os finais não têm sido perfeitos, é soberbo, pois nada nos
prepara (a mim não preparou de certeza) para as ações e os acontecimentos com
que nos deparamos. Não deixa pontas soltas sendo, pois, uma narrativa fechada,
da qual já tinha saudades.
De
qualquer forma este é um livro que recomendo sem dúvida.
Sinopse: CATHERINE deixou de falar. Algo a perturbou de tal forma que não consegue comunicar. Ninguém sabe o que foi. Para a ajudarem, os médicos terão de desvendar esse mistério. E começar pelo seu passado… por ele. LUCIAN. O grande e único amor de Catherine, a quem ela abandonou uma noite, sem qualquer explicação, estilhaçando a vida de ambos. Anos depois, Catherine e Lucian voltam a encontrar-se. Tudo pode acontecer pois a paixão que os uniu mantém-se… mas sobre eles pesa ainda o segredo daquela noite fatídica. Catherine sabe que chegou o momento de o revelar. Será a verdade capaz de salvar este amor imenso que nem o tempo conseguiu esmorecer? Ou irá destruí-los de novo, arrastando-os irremediavelmente para o abismo? O que acontece a seguir está na origem do silêncio de Catherine. O que acontece a seguir… é a única coisa que ninguém podia prever.
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