Opinião: Regras para descolagem é uma obra da Carolina Paiva, uma
menina que conheci através do seu canal no Youtube. Esta é, pois, a primeira
aventura da Carolina na escrita em nome próprio, no romance para ser mais
especifica.
O
livro conta-nos a história de vida do Lourenço e as alterações que esta vai
sofrendo ao longo dos tempos. Na verdade, a sua vida acaba por ser reflexo da
vida de toda a gente, a ponto de, em alguns acontecimentos se tornar circular.
Este
acaba por perseguir os seus sonhos embora considere que não é na verdade bem
conseguido. Para mim, Lourenço é alguém que
acaba por ser um anti-herói, que, no entanto, não desiste da vida, nem do que
ela lhe dá.
Obviamente,
que ele tem à sua volta as mulheres, aquelas que o amam, aquelas que ele ama,
aquelas que ele deixa entrar na sua vida como elementos de entretenimento. No
fundo como se passa na vida real. E são elas que acabam por marcar o seu ritmo
e as suas opções.
O
que acontece é que Lourenço acaba por ser honesto e abrir-se com um homem, um
passageiro que numa viagem de avião se senta ao seu lado. Este facto pareceu-me
plausível, visto que é muito mais fácil contar os nossos segredos e as nossas
fraquezas a quem não nos é tão íntimo ou mesmo a quem temos a ‘certeza’ que não
veremos mais.
O
livro não tem um fio cronológico que seja linear e isso foi o que achei mais
confuso. A Carolina tem uma escrita correta, com alguns momentos em que
poderemos considerar mesmo poética, mas a linha temporal, para mim, foi
confusa. E fez-me achar que este seria o ponto fraco da obra em questão. Ainda
mais porque para que este novelo temporal pudesse ser desfeito, provavelmente
seriam necessárias mais umas páginas, por forma a que o leitor conseguisse ter
um entendimento claro dos diferentes tempos. (Cá está a minha veia de leitora
de romances, que acha que um livro de 167 páginas é pequeno).
No
entanto acho que a Carolina tem uma belíssima obra de estreia e apenas espero
que continue a desenvolver a sua veia de escritora.
Sinopse: Lourenço, detective privado, foi contratado para aquele que decidiu ser o seu último caso. Depois da morte do mentor, e da quebra de todas as regras que com ele aprendera, a sua profissão parece já não fazer sentido.
A bordo de um voo internacional, um companheiro de viagem inusitado permitir-lhe-á fazer uma análise das normas que até há bem pouco tempo seguia escrupulosamente, e da sua importância. Entre o dilema de cumprir a missão para a qual foi contratado e fazer aquilo que lhe parece correcto, conseguirá Lourenço resolver o seu passado?
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